Algum fato
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Então,
logo eu, tão desacreditado, resolvi apostar na vida e dar-lhe uma chance a mais
– talvez até dando-me a mim mesmo outra chance de viver. Resolvi experimentar
um pouco da embriaguez proveniente do verbo amar e o conjuguei centenas de
vezes na primeira pessoa do singular. Me apaixonei e agora o que outrora
parecia impossível se tornara realidade em meu ser. Estava eu como um andarilho
sentimental, esbarrando em pessoas na rua, compondo canções e poemas e fazendo
poesia com qualquer coisa que me lembrasse a pessoa amada.
Os
dias se passaram e eu pude notar que, quando amamos (ao menos eu), criamos uma
forma diferente de pensar e de agir. O que antes se dizia “eu”, agora diz
“nós”. E tudo gira em torno não mais do eu-solitário-e-frio, mas do
nós-dois-juntos; sendo felizes. E me fazia bem tanto amor, tanto amar, tanta
paixão, tanta canção, tanto gostar... Era perfeito. Quando acordava a primeira
lembrança que eu tinha era você. E durante o dia... E antes de dormir... E até
dormindo as vezes – quando eu sonhava.
Não
sei interpretar bem o que aconteceu. Não sei se foi pura ironia do senhor
tempo, que alguns intitulam genericamente de “destino”. Não sei se foi força
impulsionada pelo ser que amorosamente chamo Deus; não sei se porque apenas
tinha de ser assim. Mas tenho em mente que algum fato aconteceu e que eu sou
grato. Grato Ao senhor tempo intitulado genericamente “destino”. Grato ao ser
que amorosamente chamo Deus. Grato ao tal fato que aconteceu e me fez ser seu,
só e somente só seu. Grato porque esse amor me aconteceu. Grato por ter você.
Carlos Santos
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